sábado, 3 de agosto de 2013

COLEÇÃO - A Espada Selvagem de Conan (Parte #1)

“Saiba, ò príncipe, que nos anos em que os oceanos tragaram Atlântida com suas cidades cintilantes e nos anos que presenciaram a ascensão dos filhos de Aryas, houve uma era inimaginada, repleta de portentosos reinos que se espalharam pelo mundo como miríades de estrelas sob o manto negro do firmamento ...” (Crônicas da Nemédia)

Essas eram as primeiras linhas que recepcionavam quem lia a incrível revista mensal “A Espada Selvagem de Conan”, era a boas vindas, ao fantástico mundo Hiboriano!

Ahhh.. Bons tempos!

Como disse no post anterior, comecei a ler com os gibis da Turma da Mônica, mas foi com a Espada Selvagem de Conan (ESC) que comecei a colecionar quadrinhos! 
Cada edição que comprava na banca, deixava aquele gostinho de quero mais ao final da leitura em cada edição. Lembro bem que, ainda hoje, o prazer de ler as histórias do cimério é um deleite para qualquer leitor de quadrinhos, com histórias mais adultas, artes primorosas (Grande Alfredo Al cala e Ernie Chan) e enredos cinematográficos! Uma vez, num aniversário meu, minha Mãe me presenteou com a ESC 56! Eu já colecionava Conan, e lembro que foi um dos melhores presentes que já ganhei na vida!!! Nessa época, acontecia a saga da “Rainha da Costa Negra”, com histórias de Conan ao lado de Bêlit, a pirata, que tinha se iniciado na ESC 41 e iria até a ESC 57. Infelizmente, quando comecei a colecionar a ESC, já tinha perdido as primeiras edições, mas com o tempo, fui garimpando os números perdidos.

Mas por que na época, essa revista em formato grande, e em preto e branco fez tanto sucesso e até hoje é lembrada? 

Bem caro amigo conanmaniaco, eu tenho algumas dicas que podem ajudar a responder esta questão.(Porque, se você está lendo isso, acredito que goste da nona arte, tanto quanto eu!)
Os argumentos eram sensacionais! O trio formado por Roy Thomas (Argumento), Jhon Buscema e Ernie Chan (Arte) Era imbatível! Artistas como o Alfredo Al cala e Tony de Zuñiga, também eram um show a parte, isso sem deixar de mencionar as famosas capas de Earl Norem, Jusko e Boris que lembravam cartazes de cinema que deixam qualquer "cartazinho" de hoje em dia, no chinelo!



O mundo criado por Robert E. Howard é de deixar qualquer apreciador de obras como “O Senhor dos Aneis” de J. R. R. Tolkien, no mínimo pra lá de interessado! Com o mapa da Era Hiboriana em quase todas edições, o leitor ia se familiarizando com a ambientação das histórias. Batalhas, lindas mulheres, clima de suspense e terror bem escrito, como na história “As negras noites de Zamboula” Ed. 08 ESC, eram marca registrada da revista, alem de sermos apresentados a vários reinos desconhecidos...


E falando em Reinos, lembro bem do encontro antológico entre Amra (Conan) e o Rei Kull, O Atlante. Colocados frente a frente por meio de Magia, na história “Encontro de Reis” ESC 47. A saga “Conan o Libertador” que também retrata a escalada que Conan faz até se tornar Rei, também é mais que recomendada!

      

E a participação de beldades como Sonja, Valéria, Bêlit e tantas outras lindas mulheres são marca registrada nas histórias do Cimério, pois o gigante de bronze era um verdadeiro "Dom Juam rústico", mas foi com Bêlit e anos depois com sua Rainha Zenóbia, que Conan viveu romances duradouros e intensos. 


CURIOSIDADES

1 - No filme “Conan, O Destruídor” de 1982, com Arnold Schwarzenegger, existe uma cena onde a Valéria, amante de Conan volta dos mortos e o salva da morte, assim como ela tinha prometido em vida, o que deixa clara inspiração na história mostrada em (A Morte é Vermelha/ESC 57), Onde Conan sofre um ataque de uma criatura e só se salva graças a uma estranha aparição de Bêlit, em forma de espectro, que distrai o monstro para que o cimério o destrua. Ao voltar ao acampamento, Conan encontra todos os tripulantes do Tigresa mortos, pois foram tocados pela maldição do tesouro encontrado e se destruíram. Um trecho marcante dessa história é que Bêlit havia prometido, mesmo que estivesse morta, que seu espírito voltaria para salvá-lo se ele precisasse dela, e assim o fez. Foi a única vez que me lembro, de ter visto o cimério chorar...!


2 - Os autores quadrinistas Roy Thomas e Gerry Conway, que haviam escrito o argumento do filme, “Conan, o destruidor” 1984, ficaram insatisfeitos com o roteiro final de Stanley Mann. Resolveram transformar suas ideias em uma graphic novel (Conan: The Horn of Azoth), publicada em 1990, ilustrada por Mike Docherty. 





3 - Em março de 2002, a Mythos acusou a Editora Opera Graphica de plagiar Conan, quando a mesma lançou Brakan - O Bárbaro Vingador de Mozart Couto. O editor Franco de Rosa da Opera Graphica, afirmou que o personagem era uma homenagem ao cimério e disse que possuía autorização da Conan Properties para publicá-lo no formato de tiras.




Por enquanto é só pessoal, em breve a parte final desse post, com mais dicas e parte histórica. - Giva.


"O que.. O final só semana que vem? Crom!!!"


3 comentários:

  1. Muito bom o texto. Cheio de detalhes que são o deleite dos apreciadores do gênero

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  2. Muito bom o post! Eu não sou um bom conhecedor de Conan, mas tive a sorte de aquirir 3 edições de Conan o Bárbaro da Mythos Editora. Na época havia ssído o novo filme do Conan e minhas revistas me ajudaram a compreender o universo retratado no filme! Lembro que quando li pela primeira vez, fiquei impressionado com os desenhos e as histórias eram sensacionais!

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  3. Valeu Pat! Que bom que gostou! Luciano, recomendo que você dê uma olhada nos filmes clássicos "Conan, o Bãrabaro - 1982" e "Conan, o destruídor - 1984".Além dos encadernados lançados pela Mythos recentemnete , como o Conan, o libertador.

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